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Organização 1917

Retaguarda

Vida nas Trincheiras

1 de Junho 1917

16 de Julho 1917

14 de Agosto 1917

19 de Agosto 1917

24 de Agosto 1917

14 de Setembro 1917

2 de Março 1918

7 de Março 1918

9 de Março 1918

12 de Março 1918

14 de Março 1918

21 de Março 1918

19 de Março 1918

9 de Abrl 1918

Organização 1918

17 de Outubro 1918

11 de Novembro 1918

3 de Abril 1918

O Corpo Expedicionário Português - CEP

Pintor Adriano Sousa Lopes Museu Militar de Lisboa

Pintor Adriano Sousa Lopes Museu Militar de Lisboa

Pintor Adriano Sousa Lopes Museu Militar de Lisboa

Pintor Adriano Sousa Lopes Museu Militar de Lisboa

A entrada na frente de combate, 1ª Linha de Trincheiras, começou em Março de 1917, tendo o primeiro sector a ser ocupado o sector de Ferme du Bois.

 

A 2 de Junho de 1917 encontrava-se já ocupado por tropas portuguesas o subsector II de Neuve Chapelle. Frente Portuguesa a 2 de Junho de 1917. Total de 6 Km

A 1ª Divisão tomou a responsabilidade dos seus sectores no dia 10 de Julho de 1917, sector de Ferme du Bois e Neuve Chapelle. Frente Portuguesa a 10 de Julho de 1917. Total de 8 Km

O CEP no dia 6 de Novembro de 1917 assumiu a responsabilidade inteira da defesa da zona portuguesa, como Corpo de Exército, sob o comando do General Tamagnini, subordinado directamente ao Comando do 1º Exército Britânico, comandado pelo General Horne. A 2ª Divisão terminou de ocupar as suas posições e tomou a responsabilidade dos seus sectores no dia 26 de Novembro de 1917, sector de Flaurbaix e Fauquissart. Frente Portuguesa entre 6 de Novembro e 22 de Dezembro de 1917. Total de 18 Km

Nota: O sector de Fleurbaix chegou apenas a ser ocupado por tropas portuguesas durante 11 dias, entre 11 e 22 de Dezembro., 5ª Brigada

Frente Portuguesa entre 23 de Dezembro de 1917 e 6 de Abril de 1918. Total de 11 Km. O sector de Fleurbaix foi transferido para os ingleses a 22 de Dezembro, tendo a frente portuguesa passado para 11 Km. Em consequência foi efectuada uma reorganização do espaço ocupado por cada Brigada por forma a encaixar as duas Divisões do CEP na linha da Frente.


Assim o sector de Fauquissart e Neuve Chapelle foram divididos e foi introduzido entre ambos um novo sector, Chapigny. Este sector algumas vezes é denominado por Mauquissart em alguma literatura, em parte pela enorme cratera em Mauquissart, na terra de ninguém, mesmo em frente de Chapigny. Reorganização da Frente em 22 de Dezembro de 1917

Frente de combate portuguesa entre 22 de Dezembro 1917 e 6 de Abril de 1918

Ofensiva alemã da Primavera de 1918 Operação Gorgette


          1ª Ofensiva - Zona do Somme (de 21 de Março a 4 de Abril)

          2ª Ofensiva - Zona do Lys (de 9 a 29 de Abril)  -  O confronto entre portugueses e alemães entre 9 e 11 de Abril.

          3ª Ofensiva - Zona de Aisne (de 27 de Maio a 4 de Junho)

          4ª Ofensiva - Zona de Noyon (de 8 a 12 de Junho)

          5ª Ofensiva - Zona do Marne (de 15 a 17 de Julho)

 

Distribuição das forças portuguesas a 6 de Abril de 1918, já depois da 2ª Divisão ser integrada no XI Corpo do Exército britânico

A 4 de Abril o 1º Exército britânico deu ordens para a retirada do CEP da frente de combate, ficando a primeira fase para 6 de Abril, data em que oficialmente o CEP deixa de ter a responsabilidade da defesa dos seus sectores e começa a retirada.


A retirada foi planeada em duas fases: primeiro a 1ª Divisão a 6 de Abril e depois a 2ª Divisão a 9 de Abril. A 2ª Divisão não chega a retirar porque se dá a ofensiva alemã sobre o então já ex-sector português.


A 9 de Abril a 1ª e 2ª Brigadas da 1ª Divisão já tinham retirado da frente de combate tendo ficado apenas a 3ª Brigada de reforço à 2ª Divisão. Refira-se que o dia 4 de Abril é coincidente com o fim da primeira parte da ofensiva alemã, na zona do Somme (de 21 de Março a 4 de Abril) e que coincidência os alemães atacam no dia em que o CEP estava a retirar da frente.


O Corpo Expedicionário Português, enquanto grande unidade dependente do 1º Exército britânico, deixou de o ser a partir de 6 de Abril de 1918, terminando o seu comando como unidade responsável por um sector da frente de combate, responsabilidade que adquirira desde 21 de Julho de 1917.


Assim, no dia 6 de Abril de 1918, às 7 horas, o CEP deixou de ter responsabilidade da defesa do sector e a 2ª Divisão portuguesa passou a estar incorporada transitoriamente no XI Corpo do Exército britânico, constituída pelas 5ª, 6ª e 4ª Brigadas, distribuídas respectivamente pelos seguintes sectores: Ferme du Bois, Neuve Chapelle e de Fauquissart. Os sectores da frente foram reorganizados para se ajustarem à retirada da 1ª Divisão do CEP a 6 de Abril e por consequência o sector de Chapigny deixou de existir, sendo os seus 3 quilómetros distribuídos entre o sector de Fauquissart e Neuve Chapelle. Esta era a distribuição táctica que as tropas portuguesas apresentarão três dias mais tarde quando a 9 de Abril se dá a ofensiva alemã.


Entretanto a 1ª Divisão retirou da frente deixando a sua 3ª Brigada de reforço à 2ª Divisão. A 2ª Divisão também ira ser retirada da frente e rendida por tropas inglesas, manobra que estava marcada para 9 de Abril. Quando os alemães atacaram às 4h 15mn da manhã de 9 de Abril, a tropas portuguesas encontravam-se desordenadas, com os equipamentos preparados para partirem para a retaguarda.


Aniquilada 2ª Divisão em combate e a 1ª Divisão desfalcada de homens, o CEP não tinha condições de recuperar sem reforços de Portugal, coisa que não aconteceu até ao final da Grande Guerra. Faltavam efectivos, essencialmente oficiais, e já não recebiam reforços significativos que permitissem reconstruir as unidades desde Dezembro de 1917. Na frente interna, em Lisboa, não existia capacidade nem vontade de reconstruir o Corpo Expedicionário Português.

Bibliografia


Marques, Rafael(2000), "Cruz Vermelha Portuguesa", Coimbra, ed.,Quarteto Editora. (ISBN: 972-8535-29-5)


Ilustração Portuguesa, (1919), Série II, 30 Junho de 1919, n.º 697, Lisboa, O Século, HML


Martins, Ferreira (1934a), "Portugal na Grande Guerra", Vol. I, Lisboa, 1ª ed., Empresa Editorial Ática


Martins, Ferreira (1934b), "Portugal na Grande Guerra", Vol. II, Lisboa, 1ª ed., Empresa Editorial Ática


Amaral, Ferreira do (1922), "A Mentira da Flandres e o Medo", Lisboa, 4ª ed., Editora J. Rodrigues & C.


Cortesão, Jaime (1919), "Memórias da Grande Guerra, (1916-1919)", Porto, 3ª ed., Edição da Renascença Portuguesa.


André Brun (1919), "A Malta das Trincheiras, Migalhas da Grande Guerra (1917-1918)", 2ª ed., Lisboa, Guimarães & C.ª.


Morais, Pina de (1919), "Ao Parapeito", Porto, 2ª ed., Edição da Renascença Portuguesa.


Mardel, Eugénio (1923), "A "Brigada do Minho" na Flandres, (o 9 de Abril), Subsídios para a História da 4ª Brigada do CEP", s.e., Lisboa, Serviços Gráficos do Exército.


Magno, David (1921), "Livro da Guerra de Portugal na Flandres, Volume II", s.e., Porto, Companhia Portuguesa Editora.


André Brun (1919), "A Malta das Trincheiras, Migalhas da Grande Guerra (1917-1918)", 2ª ed., Lisboa, Guimarães & C.ª.

4 de Junho 1917

10 de Setembro 1917

12 de Junho 1917

2 de Julho 1917

7 de Novembro 1918