Guerra Russo-Japonesa (1904-1905)

Para cima

Port Arthur

Chemulpo

Mar Amarelo

Ulsan

La Perouse

A génese do conflito: A disputa da Coreia entre a Rússia e o Japão

O Paralelo 38

A 1ª Esquadra do Pacífico era em teoria um força com alta capacidade de combate, formada por 63 navios de guerra, entre os quais 7 couraçados e 11 cruzadores, estacionados entre Porto Artur e o Porto Vladivostoque.


Mas na realidade a Esquadra era composta por navios antigos, com fraca manutenção, o que a colocava em desvantagem perante a Marinha Imperial Japonesa, com menor número de grandes unidades mas com unidades mais modernas e parte de construção britânica.


A Marinha Japonesa tinha 80 navios, dos quais 26 grandes unidades, sendo que seis dos couraçados eram unidades como o couraçado MIKASA de 15.000t.


A dispersão das unidades russas viria a ser mais um problema que a Esquadra Russa do Pacífico teria de lidar  e que seria aproveitado pela Marinha Japonesa, que encetou um conjunto de ataques que impossibilitaram a reunião das unidades russas numa grande esquadra de combate.


Em Porto Arthur mantinham-se estacionados três couraçados da Classe Petropavlovsk, quando se iniciou a guerra russo-japonesa em 1904, o Petropavlovsk, o Poltava e o Sevastopol, e aí se mantiveram estacionados até 13 de Abril 1904.


Em Vladivostoque estava estacionada uma força de cruzadores que durante os primeiros meses foi eficaz na guerra ao comércio contra os navios mercantes japoneses, mas que acabou por ser neutralizada pela Marinha Japonesa que a obrigou a se refugiar no porto.


A 1ª Esquadra Russa do Pacífico

Tsushima

Vladivostoque

Bezobrasov Raid

A 2ª Esquadra Russa do Pacífico

A 3º Esquadra Russa do Pacífico

Almirante Nikolai Iwanowitsch Nebogatov

(1849-1922)

Comandante da Esquadra do Báltico


Almirante Zinovy Rozhestvensky

(1848-1909)

Comandante da Esquadra do Báltico

O Almirante Nikolai Nebogatov comandou o esquadrão que seguiu do Báltico para o Pacífico através do Mediterrâneo e Índico.


Este esquadrão partiu do Báltico a 16 de Fevereiro de 1905 e juntou-se ao esquadrão principal que tinha seguido pelo Atlântico Sul, na baía de Cam-Ramh (Vietnam) a 9 de Maio de 1905.


O Almirante Nikolai Nebogatov após a reunião das duas forças passou a 2º Comandante da 2º Esquadra do Pacífico, e ficou sob o comando do Almirante Zinovy Rozhestvensky.  


Navios:


Couraçados Costeiros:


Almirante Ushakov (1893 - Classe Ushakov)

Almirante Seniavin (1896 - Classe Ushakov)

Almirante Aprasin (1899 - Classe Ushakov)


Ao  abrigo da Aliança Anglo-Japonesa, de 30 de Janeiro de 1902, houve uma cooperação entre os serviços secretos (intelligence) britânicos e japoneses contra os russos. As estações TSF e de cabo-submarino britânicas localizadas na Índia, na Malásia e na China interceptavam as comunicações russas e partilhavam a informação com os japoneses.



Fonte:

Chapman, John W. M. (2004). "Russia, Germany and the Anglo-Japanese Intelligence Collaboration, 1896–1906",  in Erickson, Mark; Erickson, Ljubica. Russia War, Peace and Diplomacy. London: Weidenfeld & Nicolson. pp. 41–55.


Cooperação entre os serviços secretos britânicos e japoneses.

Almirante Stepan Makarov

(1849-1904)

Comandante da Esquadra do Pacífico


A 2ª Esquadra do Pacífico, formada a partir de Esquadra do Báltico, partiu a 15 de Outubro de 1904 em direcção a Porto Arthur, na península de Liaodong, no sul da Manchúria.


O Almirante Zinovy ​​Rozhestvensky seguiu uma rota onde passou pelos estreito da Dinamarca, o Canal da Mancha e ao largo de Portugal e fundeou em Tânger. Daí seguiu parte pela rota do Cabo da Boa Esperança e outra pelo Canal do Suez, até se voltarem a encontrar em MAdagáscar. Do oceano Índico passaram para o Mar da China pelo Estreito de Malaca e finalmente Cam-Ramh. Depois foi tomado rumo a Vladivostoque, mas deu-se a Batalha de Tsushima.


No entanto, aconteceram incidentes como o de Dogger Bank em que pequenos navios pesqueiros britânicos foram confundidos com navios inimigos e atacaram, o que causou um conflito diplomático.


A esquadra do Almirante Zinovy ​​Rozhestvensky encontrava-se em Madagáscar quando foi informada da queda de Porto Artur e será em consequência deste facto que aí se demorará. Iria ainda receber mais tarde o reforço da 3º Esquadrão do Almirante Nikolai Nebogatov.


Marinha Russa - Fevereiro 1904


Esquadrão de Port Arthur


Divisão de Couraçados


1ª Subdivisão -  Vice-Almirante Stark


Petropavlovsk (Petropavlovsk class OBB) (navio-chefe)

Admiral Stark Poltava (Petropavlovsk class OBB)

Sevastopol (Petropavlovsk class OBB)


Tsarevich (Tsarevich class OBB)


2ª Subdivisão Contra-Almirante Príncipe Ukhtomsky


Peresvyet (Peresvyet classe OBB) (navio-chefe)

Pobyeda (Peresvyet classe OBB)


Retvizan (Retvizan classe OBB)


Divisão de Patrulhas de Longa Distância  -  Capitão Viren


Bayan (Bayan class OCR)

Askold (Askold classe OCR)

Diana (Pallada classe OCR)

Pallada (Pallada classe OCR)


Varyag (Varyag classe OCR)  


Divisão de Patrulhas de Curta Distância


Patrulhas:

Boyarin (Boyarin classe OCR)

Novik (Novik classe OCR)


Canhoneiras-Torpedeiras
:

Vsadnik (Kazarski classe PG)

Gaidamak (Kazarski classe PG)


Lança-Minas     

Amur (Amur classe ML)


Yenisei (Amur classe ML)



1ª Flotilha de Contratorpedeiros


Bditelni (Bezstrashni classe ODD)

Bezposhtchadni (Bezstrashni classe ODD)

Bezshumni (Bezstrashni classe ODD)

Bezstrashni (Bezstrashni classe ODD)

Boevoi (Boevoi classe ODD)

Boiki (Boiki classe ODD)


Burni (Boiki classe ODD)

Grozovoi (Vnimatelni classe ODD)


Leitenant Burakov (Leitenant Burakov classe ODD)

Rastoropni (Puilki classe ODD)


Razyashchi (Puilki classe ODD)




Vice-Almirante Oskar Viktorovich Stark

(1846-1928)


Contra-Almirante Príncipe Pavel Petrovich Ukhtomsky

(1848-1910)


A questão logística – Abastecimento de carvão

Bibliografia


Olender, P. (2010), Russo-Japanese naval war 1904-1905, Vol2, Battle of Tsushima

Pleshakov, C. (2009), The Tsar's Last Armada: epic Journey to Battle of Tsushima

G. Piouffre, G. (1999), La guerre russo-japonaise sue mar, 1904-1905, Marines Éditions

Duus, Peter (1998). The Abacus and the Sword: The Japanese Penetration of Korea, 1895-1910. University of California Press.  

Gills, Barry (1996). Korea versus Korea: A Case of Contested Legitimacy. Routledge.


Kim, Djun Il (2005). The History of Korea. Greenwood Press.


Kowner, Rotem (2006), Historical Dictionary of the Russo-Japanese War, UK OXFORD, The Scarecrow Press, Inc.  


Crossley, Jim (2011), The Hidden Threat, UK-South Yorkshire, Pen and Sword Books


Friedman, Norman (2011), Naval Weapons of World War One, UK-Souht Yorkshire, Pen and Sword Books


The Russo-Japanese War Research Society


O Esquadrão de Felkersam

O Esquadrão de Dobrotvoskii

O Contra-Almirante Dmitrii Gustavovich Von Felkersam (1846-1905) foi o comandante da 2ª Subdivisão de Couraçados de Batalha da 2ª Esquadra do Pacífico na fase inicial de navegação entre o Mar Báltico e o porto de Tânger.


Chegado a Tânger, Felkerzam apresentava uma fase muito avançada de cancro. Mesmo assim o Almirante Rozhestvenskii coloca-o no comando do destacamento de dois couraçados, cinco cruzadores e vários navios de transporte, e foi enviado pelo Canal do Suez para Madagáscar.


Voltou a juntar-se à esquadra principal na baía de Nosy-Bé em Madagáscar, passado um mês de viagem. Os pontos de apoio de abastecimento deste destacamento foram: Tânger (Marrocos), Souda (Creta), Port Said (Egipto), Djibouti (Etiópia) e Nosy-Bé (Madagáscar), onde chegou a 28 de Dezembro de Janeiro de 1904.


O Contra-Almirante Felkerzam morreu três dias (1905/05/24) antes da batalha de Tsushima (1905/05/27) de uma hemorragia cerebral. Na realidade Felkerzam já estava incapacitado desde Abril, mas a sua morte à chegada do Mar do Japão poderia ter um efeito negativo no moral dos homens e por tal esta foi mantida secreta da guarnição e de toda a esquadra. O seu corpo foi guardado em frio no navio, o OSLYABYA, que acabou por ser afundado na Batalha de Tsushuma e com ele levou o corpo do Contra-Almirante Felkerzam.


Contra-Almirante Dmitrii Felkersam (1846-1905)

A 20 de Novembro o destacamento naval do Capitão de Mar-e-Guerra Leonid Dobrotvoskii, saíu de Libau (Rússia) tendo seguido uma rota pelo Canal do Suez. Chegou à baia de Nosy-Bé (Madagáscar) a 9 de Janeiro e juntou-se a 14 de Fevereiro à 2ª Esquadra do Pacífico,


O destacamento foi composto por 10 navios. Pelos antigos couraçados SISSOI VELIKII e NAVARIN e os antigos cruzadores SVIETLANA, ZHEMCHUG e ALMAZ, e ainda por os modernos cruzadores OLEG e IZUMRUD e mais três navios de transporte.




O Poder das Minas Fixas na Defesa de Port Arthur

Durante o conflito as minas de contacto demonstraram ser uma arma muito importante em combate e na defesa de portos. As forças russas em 1904 ainda utilizavam o modelo desenvolvido durante a Guerra da Crimeia (1853-1856), equipados com com disparadores do tipo Nobel (químico) ou tipo Hertz (eléctrico).


Eram minas de corpo cónico com um simples corno colocado no topo. O sistema de ignição era composto por um tubo de vidro envolto numa manga de cabedal que continha no seu interior um ácido.


Quando o navio batia dobrava e partia o vidro fazendo com que o ácido se misturasse com outros componentes químicos (Nobel) e provocasse uma pequena explosão que por simpatia fazia explodir uma carga de algodão de pólvora de maiores dimensões que se encontrava no interior da mina, ou provocava a condução eléctrica entre dois pólos (Hertz) que fazia explodir um pequeno detonador junta da referida carga explosiva maior.


A primeira situação com sucesso com minas no conflito foi a favor da Marinha Japonesa que tinha colocado uma zona minada junto ao litoral e durante a Batalha de Port Athur, a 13 de Abril de 1904, levou a que os navios russos manobrassem propositadamente nessa zona tendo sido atingidos os couraçados Petropavlosk, que se afundou e Pobieba que conseguiu ser rebocado até ao porto. Na realidade foi a primeira vez utilizado uma zona marítima minada dentro de uma táctica ofensiva naval.


A força russa aproveitou a observação de uma rota constante de aproximação por parte da Marinha Japonesa para fazer os ataques a Port Arthur e minou a zona.


Os japoneses antes da ofensiva de 15 de Maio tinham efectuado a desminagem e marcado zonas de passagem, mas os russos observaram a manobra e durante a noite alteraram a posição das boias japonesas de referência e no  dia seguinte três unidades navais japonesas foram afundadas por minas:


Couraçado Yashima - 15 de Maio de 1904

Couraçado Hatsuse  - 15 de Maio de 1904

Cruzador Miyako  - 15 de Maio de 1904


Durante a campanha as forças russas lançaram no mar 4.275 minas e estas afundaram um total de dois couraçados, dois cruzadores, cinco canhoneiras, seis contratorpedeiros e um aviso.


As minas japonesas afundaram um couraçado, um cruzador, dois contratorpedeiros, um torpedeiro e uma canhoneira.


Fontes:

Crossley, Jim (2011), The Hidden Threat, UK-South Yorkshire, Pen and Sword books, pp-15-20

Friedman, Norman (2011), Naval Weapons of World War One, UK-Souht Yorkshire, Pen and Sword  iBooks.

Fonte do postal: https://www.warhistoryonline.com/instant-articles/russias-doomed-baltic-fleet.html?utm_source=getresponse&utm_medium=email&utm_campaign=warhistoryonline&utm_content=%5BWar+History+Online%5D+Daily+Dispatches

Consultado em 2018/11/07

Dogger Bank

A questão territorial da península da Coreia e a intervenção do Japão sobre o território teve início após a assinatura do Tratado de Kanghwa, em 1876, também conhecido como Tratado de Amizade Japão-Coreia, celebrado entre o Governo Meiji (Japão) e o Governo Chosun (Coreia), mas que na realidade se tornou num primeiro passo para a integração do território coreano na economia do Império Japonês.


O contexto internacional reflecte uma posição de isolacionismo comercial em relação ao exterior, em especial às potências ocidentais: França e Estados Unidos da América. Numa situação de permanente instabilidade política interna, o Japão primeiro tentou influenciar a política interna para uma abertura de relações comerciais coreia-japonesas, mas após derrube do Príncipe Regente Gung (Yi Ha-eung) em 1897, pela Rainha Mãe, a Imperatriz Myeongseong, a Coreia procurou uma maior relação política e comercial com a Rússia.


O Tratado de Kanghwa de Outubro de 1876, reflecte o resultado do incidente de Kanghwa de 1875, quando uma canhoneira japonesa (IJN Unyo) forçou a entrada nas águas costeiras da Coreia, junto à ilha de Kanghwa. O estratagema utilizado para levar os coreanos a abrir fogo sobre os japoneses, foi o envio de uma pequena embarcação para alegadamente recolher água potável. Os coreanos abriram fogo sobre a pequena embarcação que se aproximava da costa e em resposta o navio de guerra abriu fogo sobre a artilharia costeira. Recolhida a pequena embarcação o navio japonês retirou das águas da Coreia e regressou ao Japão.

A forma como o Japão forçou uma situação para levar a Coreia a negociações diplomáticas e a abrir as suas fronteiras ao comércio externo, “diplomacia das canhoneiras”, em muito se assemelhou ao que os Estados Unidos da América tinham efectuado em 1853 sobre o Japão, quando o Comandante Matthew Perry forçou o acesso aos portos do Japão pela força das armas.


Para o início das negociações em Fevereiro de 1876 o Japão enviou uma frota liderada pelo embaixador especial Kuroda Kiyotaka, que foi à Coreia para exigir desculpas do Governo Coreano de Gung e um tratado comercial entre as duas nações. O Japão conseguiu com o Tratado receber direitos extraterritoriais para os cidadãos japoneses na Coreia, e forçou a abertura de três portos à marinha japonesa. Mais tarde este Tratado levou à anexação da Coreia por parte do Japão.


É interessante relembrar que a questão do paralelo 38, linha divisória que ainda hoje (2024) prevalece e divide as duas Coreias (Coreia do Norte e Coreia do Sul), remonta a uma tentativa diplomática de divisão de influência política entre a Rússia e o Japão sobre aquele território em 1896. Esta proposta tinha sido colocada no campo diplomático pelo Governo Japonês ao Império Russo, mas a construção das duas esferas de influência divididas ao longo do paralelo 38 não chegou a ser alcançado. O Japão acabou por tomar o controlo de toda a Coreia, em 1910 após o Tratado Japão-Coreia. A ocupação do território coreanos manteve-se entre 1910 e 1945.


Em 1905, foi assinado o então Tratado de Eulsa, ou Tratado de Tratado de Protecção da Coreia, em muito influenciado pelo resultado da Guerra Russo-Japonesa e pela vitória final do Japão sobre a Rússia. Não poderá ser deixado de referir que os Estados Unidos da América deram toda a liberdade de intervenção japonesa sobre a Coreia, quando assinaram o Acordo de Taft-Katsura, no qual os Estados Unidos da américa se abstinham de qualquer interferência sobre os assuntos do Japão com a Coreia.


A pressão japonesa para a assinatura do Tratado de Eulsa, a 15 de Novembro de 1905, foi acompanhada por uma ocupação do Palácio de Seul por tropas do Exército Imperial Japonês, simultaneamente com outras tomadas de posições estratégicas no território.


A 17 de Novembro de 1905, o diplomata Ito Hirobumi obrigou o Imperador Gung a assinar o Tratado, o qual se recusou e delegou a assinatura nos seus ministros, que após muita pressão acabaram por assinar. O acordo deu ao Japão responsabilidade completa quanto aos assuntos estrangeiros da Coreia, e colocou todo o comércio externo coreano sob a supervisão japonesa.


O Japão acabou por tomar o controlo de toda a Coreia, em 1910 após o Tratado Japão-Coreia, ocupação do territorial que manteve até 1945.


O Acordo de Yamagata-Lobanov, foi um Acordo assinado em São Petersburgo em 1896, entre o Império Japonês e o Império Russo, relacionado com a disputa da influência política e económica sobre a Península da Coreia.


A situação política na Coreia, após o assassinato da Imperatriz Myeongseong, levou ao Imperador Gung a se refugiar na embaixada da Rússia em Seul, o que aumentou a influência política da Rússia sobre a Coreia.


Esta situação levou à autorização da permanência de tropas russas no território coreano e a uma constituição de um governo pró-russo.


A razão do acordo ter sido assinado em São Petersburgo, está relacionado com a ida do antigo primeiro-ministro Japonês Yamagata Aritomo às cerimónias da coroação do Czar Nicolau II.


Nesta ocasião o Japão terá colocado a proposta de dividir a Península Coreia em duas zonas de influência pela linha do paralelo 38, onde cada uma das parte passaria a influenciar a governação da Coreia e a ter permanentemente tropas de segurança.


A proposta foi recusada pela Rússia, mas mais tarde após a formação da União Soviética, Joseph Stalin viria a ressuscitar o conceito de influência política sobre a Coreia e a defender a proposta da divisão da Coreia pelo paralelo 38 na Conferência de Yalta, de 11 de Fevereiro de 1944, com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha.


O abastecimento de carvão para uma esquadra daquela dimensão e para uma viagem tão longa era efectivamente um problema. Como o carvão tinha sido declarado como contrabando de guerra a sua aquisição tornava-se ainda um maior problema. Em contrapartida o governo Japonês há anos que se preparava para a guerra e tinha vindo a acumular grandes quantidades de carvão galês (Cardif), o melhor do mercado e que fazia pouco fumo. A Rússia não tinha reservas para disponibilizar à Marinha.


Por outro lado, não é de esquecer que o Japão era aliado da Grã-Bretanha e este era mais um factor que levava a não vender carvão à Rússia. Viria a ser a Alemanha que daria apoio à Rússia quando acordou o serviço de abastecimento de carvão, que acompanhou a Esquadra desde o Báltico até Cam-Ramh, (Vietname, Mar da China), tendo parte da trasfega sido efectuada fora de portos.


Siglas:     


Couraçados


OBB- Old Battleship (Anything Pre-Dreadnaught)

BB- New Battleship (Anything Post-Dreadnaught)

BC- Battle Cruiser


Cruzadores


CR- Cruiser/Armored Cruiser

OCR- Protected Cruiser


CS- Scout Cruiser (unprotected)

AMC- Armed Merchant Cruiser


Contratorpedeiros / Torpedeiros  


DD- Destroyer

ODD- Destroyer, 2nd line Destroyer

TB- Torpedo-boat



Navios Patrulha


PG- Gun Boat or Sloop

PY- Patrol Yacht


Navios Mineiros


ML- Minelayer


MS- Minesweeper


AMS- Auxiliary Minesweeper


Auxiliares


AD- Destroyer/TB Tender

AR- Repair Ship


AF- Stores Ship


AC- Collier

AO- Oilier

AE- Ammunition Ship

AK- Cargo Ship


AP- Transport Ship

AH- Hospital Ship

AT- Fleet Tug


AG- Misc. Auxiliary

YN- Net/Boom Tender

YNT- Net Tender


YP- Patrol Craft


T- Trawler