CEL - Forte do Bugio
Bibliografia
Autoridade Marítima Nacional
Tertúlias de História Militar - Direcção de História e Cultura Militar - Apresentação do Coronel José Paulo Berger, Chefe do Gabinet de Estudos Arqueológicos de Engenharia Militar, 21 de Maio de 2017.
Quando da eclosão da Guerra Peninsular,o Forte de São Lourenço da Cabeça Seca, hoje conhecido como Forte do Bugio, foi ocupado pelas tropas napoleónicas (1807) e, posteriormente, durante as Guerras Liberais, foi alvo do fogo da artilharia da esquadra francesa que, sob o comando do Almirante Roussin, forçou a barra do Tejo em 1831.
Datam desta fase alguns projectos de alterações que não chegaram a ser implementados. Ao final do século XIX foi classificada como Praça de Guerra de 2ª Classe, ocasião em que se encontrava artilhada com 18 peças de bronze e 2 obuses (1880).
O Forte do Bugio ficava enquadrado no sistema de defesa de Lisboa, mais propriamente no "Recinto de Defesa Sul" ligado ao comando do Forte da Trafaria e Forte de Almada.
Em 1891 foi instalado um farol de luz branca rotativo e em 1896 o aparelho óptico alterado para luz branca fixa, com clarões de luz vermelha.
Entre 1902 e 1903, o Capitão-Engenheiro Augusto Vieira da Silva deu início a reformas na cisterna e à construção de estruturas para acesso de carga que não chegaram a ser concluídas. No início da República, 1911, o Forte ainda apresentava uma guarnição de artilheiros. A artilharia do Forte cruzava fogo com o Forte de São Julião da Barra.
Durante a Grande Guerra foi armado com 4 peças de 75mm Krupp, para defesa da faixa de torpedos fixos.
Nas décadas de 1930 e de 1940 foram efectuados trabalhos de manutenção e quanfo terminada a 2ª Guerra Mundial e já sem valor militar foi desarmado e entregue pelo Ministério da Guerra à Direcção dos Serviços de Faróis do Ministério da Marinha (1945). Actualmente é utilizado como farol de apoio à navegação.
As obras para retirar os quatro apoios de artilharia de betão que se encontravam entre a muralha e a torre datam de 1954.