O transporte de tropas para França foi uma das dificuldades reais para da nossa participação no teatro de guerra europeu. O transporte só era viável por mar e como não dispúnhamos de meios navais de transporte suficientes, a Inglaterra pôs à nossa disposição sete navios de transportes: "Bellerophon" (A), "City of Banares" (B), "Inventor" (C), "Bohemian" (D), "Rhesus" (E), "Flavia" (F) e "Lasmedon" (G), que juntamente com o "Pedro Nunes" e o "Gil Eanes", conduziram as forças do Corpo Expedicionário Português para França, até ao porto de Brest. Os navios britânicos não se encontravam adaptados ao transporte de tropas de Portugal para França, uma vez que tinham sido desenhados para a execução de viagens de três horas entre a Inglaterra e a França e não de três dias, ou seja, não tinham estruturas para as tropas dormirem ou efectuarem refeições mais complexas do que chá e bolachas.
Para as escoltas aos dezassete comboios que se formaram para transporte de tropas, o Governo Britânico disponibilizou 14 contratorpedeiros que realizaram 98 viagens assim distribuídas: "HMS Owl" (4), "HMS Midge" (8), "HMS Garland" (3), "HMS Oxford" (10), "HMS Acasta" (1), "HMS Tigress" (14), "HMS Hydra" (6), "HMS Racoon" (12), "HMS Jackal" (7), "HMS Mosquito" (9), "HMS Scourge" (13), "HMS Grasshopper" (5) e "HMS Grohawk" (4). A Marinha portuguesa disponibilizou os contratorpedeiros "NRP Douro" e "NRP Guadiana".
Este porto serviu de Base Militar de Desembarque, então chamado Porto de Desembarque (PD), para as forças portuguesas entre Fevereiro de 1917 e Março de 1919, quando a logística de repatriamento dos expedicionários portugueses foi transferida para Cherbourg.
Existiram algumas excepções em que pequenos grupos de militares seguiram por via férrea até ao front. Para não "ofender" a neutralidade espanhola estes grupos de militares seguiam com passaportes individuais e em trajo civil, disfarçados de turistas para Paris. Aí chegados seguiam para o Quartel General, em Aire-sur-la-Lys, onde recebiam ordem de marcha para o front.(7)
Foram vários os navios de guerra ingleses e portugueses que escoltaram os comboios de transporte de tropas. As escoltas foram efectuadas essencialmente por contratorpedeiros, onde a marinha de guerra portuguesa participou com o "NRP Douro", comandado pelo Capitão-tenente Pereira da Silva e "NRP Guadiana", comandado primeiro pelo Capitão-tenente José Carvalho Crato e posteriormente pelo Capitão-tenente Afonso Cerqueira. Eram navios a vapor de 17.000 hp que alcançavam 27 nós, estavam equipados com uma peça de 100mm, duas peças de 76mm, dois tubos lança-torpedos de 450mm, que em 1918 foram reforçados com dois lançadores com 12 cargas de profundidade e 20 minas.
Em Abril de 1917, dia 25, o Governo Britânico colocou obstáculos à continuação das escoltas e disponibilidade de transportes de tropas para o CEP, por se ter tornado inteiramente impossível ao Almirantado britânico continuar a fornecer escoltas para mais comboios de transporte de tropas portuguesas, sem reduzir ainda mais a já totalmente imprópria protecção concedida a navios que transportavam mantimentos e matérias-primas para o Reino Unido e aos transportes e navios-hospitais em águas britânicas e no Mediterrâneo. Esta decisão foi uma consequência directa da guerra submarina total. Nesta data o apoio logístico britânico de transporte passou de 7 navios para 2 navios de transporte, os navios "Bellerophon" e o "Inventor". Os cruzadores auxiliares "NRP Pedro Nunes" e "NRP Gil Eanes" passaram a integrar o serviço de escolta. Terminado o transporte do CEP, o Governo Britânico manteve apenas o "Bellerophon" no transporte de reforços, tendo em 28 de Outubro de 1917 retirado este último navio do serviço de transportes de reforços.
O "NRP Guadiana" em 31 de Julho de 1917, quando regressava de uma escolta a um comboio de transporte de tropas portuguesas, por causa do nevoeiro acabou por encalhar nas rochas do Cabo Raso. Foram em seu auxílio os rebocadores "NRP Bérrio" e "NRP Patrão Lopes", o lança-minas "NRP Vulcano" e o torpedeiro "N.º 4", tendo sido levado para reparação no Arsenal da Marinha.
Os Comboios Navais de Transporte
O trajecto de Lisboa-Brest era efectuado em três dias de viagem, sob o perigo constante de minas e ataques de submarinos. Os comboios de transporte de tropas eram organizados em Lisboa pela Comissão de Aprovisionamento dos Transportes de Tropas, dependente do Ministério da Guerra, de acordo com as autoridades navais britânicas. foram organizados nove comboios de Janeiro a Maio de 1917 e de Julho a Outubro de 1917 mais oito comboios, num total de dezassete comboios para transportar o CEP para França.
Em 3 de Janeiro de 1917 foi assinada uma convenção com a Inglaterra para o transporte das tropas para França, o qual deveria ser feito por via marítima e com os custos a cargo da Inglaterra. No entanto este acordo não foi cumprido. Entre Fevereiro e Setembro de 1917, o transporte dos contingentes do CEP foi repartidos entre navios ingleses e navios portugueses e a partir de Outubro de 1917 a Fevereiro de 1918 apenas por navios portugueses. De Brest até à zona de combate (Aire-sur-la-Lys) o transporte era efectuado por via férrea.
Foram ainda transportados por via marítima 7.783 solípedes, 1.501 viaturas e 312 camiões.
A 23 de Fevereiro o “City of Benares” (B) partiu às cinco da tarde de Alcântara com efectivos do BI 23. Ficaram parados algum tempo em frente a Paço de Arcos e depois seguiram. O Tenente Barros Bastos escreveu numa carta à sua mãe que tinha embarcado no dia 21 de Fevereiro pelas 23 horas e que lhe tinham dado um bonito e luxuoso aposento. Fez ainda uma nota sobre os empregados de bordo que eram índios (indianos) vestidos à oriental e que a comida era como do melhor hotel. Durante o tempo de espera para a partida não estavam autorizados a sair ou receber visitas a bordo. A viagem para França levou dois dias e três noites. A velocidade a que os navios se terão deslocado deverá ter sido elevada, já que uma carta enviada de Brest (França) para o Porto, não contando com o tempo que ficava retida no serviço de censura, leva a chegar cinco dias(16).
O “City of Benares” partiu a 23 de Fevereiro às 17h de Alcântara (Lisboa), passou a 24 de Fevereiro à tarde junto da Finisterra (Espanha) e no dia 25 de Fevereiro às 22h chegou a Brest (França), onde fundeou fora da doca. Só no dia 26 de Fevereiro é que o navio acostou e as tropas desembarcaram. As tropas foram recebidas no cais por uma banda militar da Marinha Francesa que também lhes prestou uma guarda de honra. (17).
Entre Fevereiro e Outubro de 1917 o navio NRP Pedro Nunes efectuou 11 viagens e o NRP Gil Eanes 9 viagens. O navio NRP Pedro Nunes recebeu a alcunha de "navio fantasma" pela capacidade de se esquivar aos submarinos alemães1. A título extraordinário os navios portugueses "Roma" e "Índia" também fizeram uma viagem cada de Lisboa a Brest.
Os navios britânicos executaram o seguinte número de viagens, com escolta em formação de combóio marítimo:
Bellerophon (10 viagens),
Bohemian (5 viagens),
City of Banares (5 viagens),
Inventor (11 viagens),
Rhesus (4 viagens),
Lasmedon (4 viagens) e
Flavia (4 viagens)
Para efectuar a escolta destes navios a Marinha de Guerra Britânica disponibilizou os seguintes 14 destroieres:
Owl (4 escoltas),
Midge (8 escoltas),
Cocatrice (2 escoltas),
Garland (3 escoltas),
Oxford (10 escoltas),
Acasta (1 escolta),
Tigress (14 escoltas),
Hydra (6 escoltas),
Racoon (12 escoltas),
Jackal (7 escoltas),
Mosquito (9 escoltas),
Scourge (13 escoltas),
Grasshopper (5 escoltas) e
Grohawk (4 escoltas)2.
O transporte do CEP foi efectuado por via marítima, porque Espanha enquanto país neutral não admitia a passagem de tropas beligerantes. No entanto, muitos oficiais e alguns praças seguiram via terrestre, por comboio, seguir para França, disfarçados de turistas.
O Batalhão de Sapadores de Caminhos de Ferro, embarcou a 21 de Abril de 1917, (3ª e 4ª Companhias, em conjunto com outras tropas de infantaria e a 1ª e 2ª Companhias em 27 de Maio de 1917. Há ainda uma outra referência relativa ao embarque de efectivos do BSCF no navio SS Glosgon, ainda em Abril. (13) Este comboio foi escoltado de Lisboa a Brest pelo contratorpedeiro inglês G53. (14) O "Glosgon " tinha pintado no casco a letra "A", como identificador(15), mas se assim é então não seria um navio com o nome de Glosgon, mas sim o Bellerphon.
O 1º Batalhão do Regimento n.º 18, comandado pelo ainda Major Alexandre Malheiro, (promovido a Tenente -Coronel a 15 de Agosto) embarcou a 10 de Julho de 1917,no navio "NRP Pedro Nunes", e chegou a Brest no dia 14. No dia 17 chegou ao acampamento inglês de Étaples6.
Até 20 de Outubro de 1917 não houve falta de transportes para Portugal enviar tropas para França. Em Maio, Julho, em 8, 21 e 27 de Agosto, em 9 de Setembro, em 10 de Outubro e 17 de Novembro partiram tropas para França. O que aconteceu é que nos finais de Outubro de 1917, a Áustria iniciou uma ofensiva sobre a Itália e a Inglaterra necessitou com urgência de todos os seus navios de transporte para apoio logístico daquela frente de combate. Assim, a Inglaterra retirou o seu último transporte o "Bellerophon" nos finais de Outubro, tendo o General Barnardiston oficializado esta situação junto do Governo português em Novembro. Entretanto, o Ministro da Guerra Norton de Matos obteve da França a cedência de alguns transportes que deveriam chegar ao Tejo para embarcar a 17 de Dezembro mais 4.000 homens, entre estes soldados do Batalhão de Infantaria n.ºull ¼ 33, que apoiaram o golpe do Major Sidónio Pais.
Havia também a intenção de transferir o vapor "Índia" para o serviço de transporte de tropas, como reforço aos cruzadores auxiliares "NRP Gil Eannes" e "NRP Pedro Nunes". Ainda em Novembro de 1917, o "NRP Pedro Nunes" deveria ter transportado 1.563 praças e 222 oficiais para Brest em duas viagens, mas por ter ficado retido em fabrico em Brest, só chegou depois de 5 de Dezembro a Lisboa. A tomada do Governo pelo Major Sidónio Pais limitou os futuros embarques de tropas. (11)
Transporte do Corpo de Artilharia Pesada Independente – CAPI
1º Contingente
A 10 de Outubro de 1917 partiu de Lisboa, o navio de transporte Pedro Nunes para transportar um contingente de 20 oficiais e 754 praças pertencentes ao CAPI, que chegou a Brest a 13 de Outubro de 1917. (9)
2º Contingente
A 12 de Janeiro de 1918 partiu de Lisboa, derivado da solicitação do Governo Português ao Governo Francês em 5 de Novembro de 1917, o navio de transporte francês "Rome" comboiado por dois contratorpedeiros franceses, para transportar um contingente de 26 oficiais e 500 praças pertencente ao CAPI, que chegou a Brest a 15 de Janeiro.(8)
Existe uma segunda versão do transporte do contingente do CAPI para França, que coloca a chegada do vapor "Rome" a Lisboa, no início de Janeiro, integrado num comboio de transporte de tropas vindas dos Estados Unidos para França, escoltados por contratorpedeiros americanos e que aqui fizeram escala antes de seguirem para o seu destino, o porto mediterrânico de Marselha. Assim os oficiais e praças do CAPI terão chegado a Marselha a 15 de Janeiro
As Condições de Transporte para França
As viagens a bordo dos navios eram sobrelotadas e caóticas, os homens viajavam junto aos animais, munições e mantimentos.
Mário Afonso Carvalho (Alferes - 23º Regimento de Infantaria, 29 de Janeiro de 1917)
Tendo embarcado no primeiro contingente para França, 19 de Janeiro de 1917, ficou durante 10 dias no Tejo, em frente ao Terreiro do Paço e só no dia 31, às 7 da tarde é que partiram para Brest. As condições dos quartos a bordo eram "... uma espécie de jazigo com duas prateleiras de lona sobrepostas de cada lado e um pequeno lavatório ao meio." e a comida era "... comida inglesa, quase sempre cheirando a cebo das botas.". Os soldados ainda estavam em piores condições e muitos dormiam no chão pelos corredores. (10)
Juntando os três dias que levava a viagem de Lisboa a Brest, às condições higiénicas e sanitárias deploráveis dos navios, mais a ausência de hábitos individuais de higiene, verificaram-se todas as condições para aparecerem epidemias de sarna. Esta doença enviava de imediato parte das tropas desembarcadas em França para o hospital, mas também há ainda que acrescentar a existência de soldados que já iam com tuberculose e sífilis. Estas condições da saúde física influenciaram logo à partida a saúde psicológica do Corpo Expedicionário Português, e trouxe graves implicações ao nível da moral das tropas e, ainda, na interacção com outros contingentes aliados.
Ao contrário dos embarques de tropas para as frentes de combate em África, não era permitida a presença de civis, nem eram acompanhadas por festividades acompanhadas por bandas militares. Existia uma maior necessidade de segurança, um cuidado acrescido com a espionagem, uma censura às noticias, uma solicitação de descrição por parte Almirantado britânico e necessidade de controlar a indisciplina do Corpo Expedicionário Português.(12)
Transporte de Tropas para África
A 11 de Setembro de 1914 partiu para África (Cabo Verde, Angola e Moçambique) o primeiro combóio escoltado pelo Cruzador "NRP Almirante Reis" e pelas Canhoneiras "NRP Ibo" e "NRP Beira", para protecção dos vapores "Moçambique" e "Durham Castle". A Canhoneira "NRP Ibo" ficou em Cabo Verde, a "NRP Beira" seguiu até Luanda a acompanhar o vapor "Moçambique" e o Cruzador "NRP Almirante Reis" escoltou o vapor "Durham Castle" até ao Porto Amélia.
Os Comboios Navais de Transporte para Angola
1ª Expedição - O transporte da primeira força expedicionária, 11 de Setembro de 1914, foi efectuada no navio "Moçambique", que seguia em comboio com o navio "Durham Castle", que levava tropas para Moçambique. Os navios foram escoltados pelo cruzador "NRP Almirante Reis", comandado pelo Capitão de Mar-e-guerra Carvalhosa e Ataíde, e pelas canhoneiras "NRP Ibo", comandada pelo 1ª Tenente Carvalho Brandão, e "NRP Beira", comandada pelo 2º Tenente Azevedo e Vasconcelos.
O comboio naval chegou ao porto de S. Vicente (Cabo Verde) a 19 de Setembro. As canhoneiras "NRP Beira" e "NRP Ibo" ficaram adstritas à protecção da zona naval do arquipélago. O cruzador "NRP Almirante Reis" e a canhoneira "NRP Beira" continuaram a escolta até Luanda (Angola) onde chegaram a 1 de Outubro.
Depois o cruzador "NRP Almirante Reis" escoltou os navios "Moçambique" e "Durham Castle" até Lourenço Marques (Moçambique) onde chegam a 16 de Outubro.
Entretanto, a 9 de Setembro saiu do Tejo, o cruzador "NRP S. Gabriel", comandado pelo Capitão de fragata Pinto Bastos, com destino ao porto de S. Vicente (Cabo Verde), onde se manteve em "Serviço de Vigilância" até 19 de Novembro de 1916, data em que seguiu para Luanda em missão de escolta a dois transportes de tropas.
1º Reforço - O transporte do reforço de tropas em 5 de Novembro de 1914 foi efectuado nos vapores "Portugal"3, "Cabo Verde" (artilharia de montanha), "África" (BI 17) e o "Ambaca".
Batalhão de Marinha - O Batalhão de Marinha embarcou em Lisboa a 18 de Novembro de 1914 a bordo do navio "Beira". Mais tarde, após terminar a campanha em Angola o Batalhão de Marinha regressou a Lisboa, a 15 de Outubro de 1915, a bordo do navio "Zaire".
2º Reforço (1º grupo) - O transporte do reforço de tropas em 1 Dezembro de 1914 foi efectuado nos navios "Ambaca" e "Cabo Verde", escoltados pelo cruzador "Vasco da Gama" até 7 de Dezembro junto às Ilhas Canáull ‡rias (Espanha), altura em que foi substituído pelo Cruzador Auxiliar "NRP S. Gabriel" que tinha vindo do porto de S. Vicente (Cabo Verde) ao seu encontro, regressando o cruzador "NRP Vasco da Gama" a Lisboa. Na viagem o Cruzador Auxiliar "NRP S.Gabriel" sofreu uma avaria grava no veio da hélice tendo chegado a Luanda apenas a 28 de Dezembro4.
3º Reforço (2º Grupo) - O transporte do reforço de tropas em 20 de Janeiro de 1915 foi efectuado pelos navios "Moçambique" e "Zaire", escoltados pelo cruzador "Vasco da Gama", tendo chegado a Luanda 5 de Fevereiro5.
Comandante da expedição Coronel Simas Machado, Regimento de Infantaria 18, do Porto.
2ª Expedição - O transporte da segunda expedição, 10 de Fevereiro de 1915, foi efectuado nos navios "Ambaca", "Portugal" e o navio francês "Britannia". O comboio foi escoltado pelo Cruzador "NRP Adamastor" até à ilha do Funchal altura que que este recebeu ordem de regressar a Lisboa.
O vapor "Beira" em 1917 (Agosto?) foi escoltado pelo Contratorpedeiro "NRP Douro" Ver Ilustração n.º 603, p.213, pelas fotos as tropas estão fardadas para África. O Contratorpedeiro "NRP Douro" fez escolta ao vapor "Lourenço Marques" até Moçambique Ver Ilustração n.610, p.344
Os Comboios Navais de Transporte para Moçambique
1ª Expedição - Para o transporte da primeira força expedicionária a Moçambique, 11 de Setembro de 1914, foi contratado um paquete inglês "Durham Castle". Chegados a Lourenço Marques a força expedicionária foi transferida para o navio "Moçambique" para poder desembarcar directamente no Porto Amália.
Os navios foram escoltados pelo Cruzador "Almirante Reis" e pelas canhoneiras "Beira" e "Ibo". Chegado o comboio naval ao porto de S. Vicente (Cabo Verde), a 19 de Setembro, as canhoneiras "Beira" e Ibo" ficaram aíull ’ fundeadas, passando a fazer a protecção da zona naval do arquipélago. O cruzador "Almirante Reis" continuou a escolta até Moçâmedes (Angola) onde chegaram a 1 de Outubro. Continuou depois a escoltar os navios "Moçambique" e "Durham Castle" até Lourenço Marques (Moçambique) onde chegam a 16 de Outubro.
A 28 de Outubro os militares expedicionários já se encontravam transferidos para o navio "Moçambique" o qual, ainda escoltado pelo Cruzador "Almirante Reis" chegaram a 1 de Novembro a Porto Amélia (Moçambique). O cruzador "Almirante Reis" regressou a Lisboa a 25 de Fevereiro de 1916.
2ª Expedição -
3ª Expedição - As forças expedicionárias foram transportadas nos vapores: "Portugal", a 28 de Maio; "Moçambique" a 3 de Junho; "Zaire" a 24 de Junho; "Machico" a 28 de Junho; e, "Amarante" a 8 de Julho. Seguiu o vapor "Beira" com mais 432 praças de infantaria 21, com as fardas do CEP e sem capacete de feltro em resultado de uma insurreição.
4ª Expedição - As forças expedicionárias foram transportadas nos vapores: "Portugal", a 5 de Janeiro; ""Moçambique" a 15 de Fevereiro; "Moçâmedes" a 19 de Março; "Portugal" a 30 de Abril; e, "Moçambique" a 2 de Julho
Notas
1 Henriques(2001), p. 12.
2 Martins(1934b), PP. 214-215.
3 Arrifes(2004), p.137.
4 Martins(1934b), p. 287.
5 Martins(1934b), p.287.
6 Malheiro(1919), p.14.
7 Martins(1934a), pp. 129-130.
8 Martins(1934b), p. 99
9 Martins(1934b), p.95.
10 Carvalho(1944), pp.26-28.
11 Casimiro(1919), pp.117-125
12 Casimiro(1919), p.120.
13 Freitas(1935), p. 27
14 Freitas(1935), p.33-4
15 Freitas(1935), p.37.
16 Mea(1997), p.45.
17 Mea(1997), p.46.
Links
Bibliografia
Afonso, Aniceto e Carlos de Matos Gomes, (2010), Portugal e a Grande Guerra, 1914 - 1918, Lisboa, Quidnovi.
Santos, Gil Manuel Morgado dos, Gil Filipe Calvão Santos, (2008), De Chaves a Copenhaga, A Saga de Um Combatente, Lisboa, Prefácio.
Henriques, Mendo Castro e António Rosas Leitão (2001), La Lys - 1918 - Os Soldados Desconhecidos, Lisboa, 1ª ed., Prefácio.
Martins, Ferreira (1934a), Portugal na Grande Guerra - Vol. I, Lisboa, Empresa Editorial Ática.
Martins, Ferreira (1934b), Portugal na Grande Guerra - Vol. II, Lisboa, Empresa Editorial Ática.
Arrifes, Marco Fortunato (2004), A Primeira Grande Guerra na África Portuguesa, Angola e Moçambique (1914-1918), Lisboa, Edições Cosmos.
Malheiro, Alexandre(1919), Da Flandres ao Hanover e Mecklenburg, (Notas dum Prisioneiro), Porto, Edição Renascença Portuguesa.
Carvalho, Mário Afonso(1944), O Bom Humor no CEP, Lisboa, Edição da Liga dos Combatentes da Grande Guerra.
Casimiro, Augusto (1919), Sidónio Pais: Algumas notas sobre a intervenção do Portugal na Grande Guerra, s.e., Porto, Livraria Chardron de Lello & Irmão, Lda.
Freitas, Pedro de (1935), As Recordações da Grande Guerra, Lisboa, Tipografia da Liga dos Combatentes de Grande Guerra.
Mea, Elvira de Azevedo e Inácio Steinhardt, (1997), Ben-Rosh: Biografia do Capitão Barros Bastos, o apóstolo dos Marranos, Porto, Edições Afrontamento.
Os Transportes de Tropas
Transporte de Tropas expedicionárias para Moçambique 1917