Para cima

Cabo Verde 1917/11/02 - São Vicente

Primeiro-Tenente Henrique Monteiro Corrêa da Silva.

Comandante da NRP Ibo  

NRP Ibo


Classe: Beira

Deslocamento: 490t

Velocidade: 14kn

Autonomia: 3.200mi a 10kn

Guarnição: 59 homens

Armamento: 2x75mm; 2x47mm


Kapitänleutnant Waldemar Kophamel Comandante do U-1151

U-151


Classe: U-151

Deslocamento: 1512t

Velocidade: 12kn, 5kn submerso

Autonomia: 25.000mi a 6kn

Guarnição: 56 homens

Armamento: 2(2/0)X500mm TT, 2x105mm


A 28 de Outubro houve uma chegou uma comunicação da presença de um submarino alemão entre Dakar e Cabo Verde, e sendo o porto de São Vicente escala dos navios brasileiros em trânsito para a Europa, era muito provável que se tornasse um porto de ataque à frota mercante brasileira.


Pela 7 da manhã, do dia 2 de Novembro, foram disparados dois torpedos para dentro do porto de São Vicente pelo submarino U-151, comandado Waldemar Kophamel, a uma distância de 450 e 300 metros dos alvos, que atingiram os navios brasileiros Guahiba e Acary ao nível da linha de água, provocando grandes explosões e o afundamento destes.

NRP Ibo

Bibliografia

Santos, José Ferreira dos (2008), Navios da Armada Portuguesa na Grande Guerra, Lisboa, Academia de Marinha.

Inso, Jaime Correia do (2006), A Marinha Portuguesa na Grande Guerra, Lisboa, Edições Culturais da Marinha.

Monteiro, Saturnino (1997), Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa, Volume VIII, 1808-1975, Lisboa, Livraria Sá da Costa Editora.




A canhoneira "NRP Ibo" que se encontrava acostada em abastecimento largou logo que obteve pressão e navegou em perseguição do submarino entre os destroços que flutuavam pelas águas do porto. O submarino entretanto ao ver a "NRP Ibo" a aproximar-se submergiu e com um 30m de água sobre o casco ficou imune a qualquer tiro que sobre ele se fizesse.


O submarino U-151 manteve-se escondido por alguns dias, mas na noite de 7 de Novembro, com alguma ousadia acostou dentro do porto ao navio holandês "Kennemerland", que na verdade era um navio espião alemão, mas foi prontamente repelido a tiro, que o fez  mergulhar e fugir.


Fez ainda um último ataque no dia 14 de Novembro e desapareceu de vez das águas de São Vicente, tendo se dirigido para as águas da Madeira, onde voltou a fazer um afundamento no dia 16 de Novembro, o navio americano "Margaret L. Roberts"