Algarve 1917/09/30 - Fuzeta
Kapitänleutnant Walter Forstmann
U-39
Classe: U-31
Deslocamento: 685t
Velocidade: 16kn, 9kn submerso
Autonomia: 8.800mi a 8kn
Guarnição: 35 homens
Armamento: 4(2/2)X500mm TT, 1x105mm
Entre 26 de Setembro e 3 de Outubro de 1917 o U-39 operou entre o Algarve, Gibraltar e Casablanca. Tem registado o afundamento de seis navios, entre eles um japonês.
NRP Minho
Classe: (Rebocador de pequena cabotagem)
Deslocamento: 125t
Velocidade: 12kn
Autonomia: 3.200mi a 10kn
Guarnição: 18 homens
Armamento: 1x37mm
Submarino U-39
Rebocador NRP Minho
Bibliografia
Santos, José Ferreira dos (2008), Navios da Armada Portuguesa na Grande Guerra, Lisboa, Academia de Marinha.
Inso, Jaime Correia do (2006), A Marinha Portuguesa na Grande Guerra, Lisboa, Edições Culturais da Marinha.
Monteiro, Saturnino (1997), Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa, Volume VIII, 1808-1975, Lisboa, Livraria Sá da Costa Editora.
Costa, Adelino Rodrigues da (2006), Dicionário de Navios & Relação de Efemérides, Lisboa, Edições Culturais da Marnha.
http://www.uboat.net/wwi/ (submarinos alemães WWI)
PT/BCM/AH, Núcleo 109, N1, 6-XI-9-4, Diário Náutico 1916-1917
PT/BCM/AH, Núcleo 109, N6, 6-XI-9-4, Copiador de Relatórios 1916-1917
Primeiro-Tenente César Procópio de Freitas, comandante do rebocador NRP Minho
Pelas 20h começaram-se a ouvir tiros de artilharia, que cada vez se ouviam mais distintamente, até que pelas 21h se reconheceu se um vapor navegando para oeste que estava sendo atacado poe um submarino inimigo e que se defendia com uma peça que tinha à proa.
Às 21h15mn o NRP Minho suspendeu e navegou em direcção ao vapor que pouco tempo depois deixou de fazer fogo, calculando-se que tinha cessado a perseguição. O vapor era francês e declarou o seu capitão que tinha sido perseguido durante uma hora, mas que não tinha recebido qualquer dano.
Depois disto seguiu o vapor francês para Este acompanhado pelo NRP Minho pela alheta de bombordo, comboiando o vapor francês a pedido do seu capitão. Foi então visto novamente o submarino inimigo pela amurada de estibordo a uma distância relativamente pequena, talvez umas 3 (?) do vapor francês e a umas 5 (?) de terra, face ao qual o vapor francês virou de modo a poder fazer fogo, ficando o NRP Minho nas proximidades fazendo também fogo.
Para Oeste navegava um vapor que se julgou ser britânico, que também fez fogo sobre o submarino e o obrigou a fugir em direcção a sudoeste.
Depois do submarino estar já muito distante e mal se vendo, seguiu o vapor francês o seu caminho, regressando o NRP Minho em direcção à Barra de Faro, onde fundeou às 00h10mn do dia 30 de Setembro. às 06h37mn suspendeu e cruzou para Este até à Fuzeta e voltou a fundear na Barra de Faro.
O rebocador NRP Minho, comandado pelo Primeiro-Tenente César Procópio de Freitas, estava adstrito à Estação Naval de Lagos (Algarve). A 30 de Setembro operava na zona o submarino alemão U-39, comandado pelo Kapitanleutnant Walter Forstmann.
Em Setembro de 1917, nos dias 20 e 21, encontrou bom tempo e patrulhou a Barra do Rio Guadiana, tendo fundeado em Manta Rôta e na Baía de Faro, junto às Quatro Águas, onde permaneceu até dia 28 de Setembro, quando alterou a sua posição para frente à Praça Larga, onde foi reabastecido com lenha.
No dia 29 de Setembro largou às 01h52mn em patrulha e rumou em direcção a Cacela onde fundeou às 04h52mn até às 18h00mn. Entretanto fundeou junto do NRP Minho o contratorpedeiro NRP Tejo às 14h00mn.
Rumou posteriormente para a Fuzeta onde fundeou às 21h15mn.
NRP Minho