Barra do Tejo 1916/08/24
Bibliografia
Santos, José Ferreira dos (2008), Navios da Armada Portuguesa na Grande Guerra, Lisboa, Academia de Marinha.
Inso, Jaime Correia do (2006), A Marinha Portuguesa na Grande Guerra, Lisboa, Edições Culturais da Marinha.
Monteiro, Saturnino (1997), Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa, Volume VIII, 1808-1975, Lisboa, Livraria Sá da Costa Editora.
Ilustração Portuguesa 1916, N550
Uma pequena nota sobre a indicação do U-22 por Saturnino Monteiro. Este submarino foi destacado para a Flotilha do Báltico no dia 23 de Agosto de 1916, data em que recebeu um novo comandante, Oberleutnant zur See Karl Scherb. A 21 de Junho de 1916 o U-22 encontrava-se no Mar do Norte de regresso à Alemanha e só voltou a zarpar em Novembro de 1916 para o Mar Báltico, face à situação não poderá ser o U-22. Mais se acrescenta que no site alemão sobre submarinos na Grande Guerra existe uma nota sobre o ataque do U-20 sobre a NRP Ibo em Agosto de 1916, no entanto a data também não coincide; refere 29 e não 24 de Agosto.
Kapitänleutnant Walther Schwieger Comandante do U-20
U-20
Classe: U-19
Deslocamento: 650t
Velocidade: 15kn, 9kn submerso
Autonomia: 11.000mi a 8kn
Guarnição: 35 homens
Armamento: 4(2/2)X500mm TT, 1x88mm/L30
Primeiro-Tenente Henrique Monteiro Corrêa da Silva.
Comandante da NRP Ibo
NRP Ibo
Classe: Beira
Deslocamento: 490t
Velocidade: 14kn
Autonomia: 3.200mi a 10kn
Guarnição: 59 homens
Armamento: 2x75mm; 2x47mm
Entre o Algarve e a Ilha da Madeira, Atlântico Norte
A 24 de Agosto de 1916, quando a canhoneira NRP Ibo, comandada pelo Primeiro-Tenente Correia da Silva, saía da Barra do Tejo e se dirigia para a Ilha da Madeira, foi atacado pelo submarino alemão U-20, comandado pelo Kapitänleutnant Walther Schwieger, às 22h a cerca de 60 milhas a SW de Lisboa.
O torpedo cruzou a proa da canhoneira vindo de estibordo e posteriormente o submarino passou por debaixo da canhoneira, tendo sido avistado pouco tempo depois à tona uma luz sobre a qual a canhoneira abriu fogo.
O comandante Walther Schwieger afundou o Luisiana a 7 de Maio de 1915, pelo qual ficou conhecido entre os ingleses como “The Baby Killer”. É de ter em nota que o Luisiana se encontrava de facto na lista “Jane's Fighting Ships” como potencial cruzador auxiliar britânico. É ainda alegado que à data o navio transportava munições e partes de peças de artilharia, mercadorias classificadas como contrabando.
Fonte: Ilustração Portuguesa 1916/09/04, N550, P182
NRP Ibo