Transporte Terreste

 

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O transporte por Via Terrestre - Lisboa/Paris

 

Alguns militares, geralmente oficiais, conseguiam vir a Portugal de comboio para o gozo da sua licença de campanha. Foi um exemplo da utilização desta possibilidade o que o Alferes Humberto de Almeida, Batalhão de Infantaria 7, nos conta da sua viagem iniciada em Bethune, até Portugal.

 

Daí partiu em direcção a Paris, tendo passado nas Estações de St. Paul, Abeville e parado em Amiens onde permaneceu durante duas horas. Ao longo do trajecto faz referência aos inúmeros comboios militares que no caminho se foram cruzando com ele. De Amiens seguiu para a Gare du Nord (Paris), onde pernoitou.

 

No dia seguinte tomou o comboio na Gare de Orsay (Paris) que o levou até Espanha. O comboio levou toda a noite até chegar a Bayonne onde parou por momentos. Depois passou por Biarritz e pela tarde estava em Hendaia (França), última estação de comboio em França. Aqui o Alferes Humberto de Almeida teve de tirar a farda e vestir-se à civil, por causa da "neuralidad de nuestros hermanos". 

 

O comboio seguiu para Irun (Espanha), passou por San Sebastian, Medina e chegou a Salamanca onde parou por algum tempo. Depois seguiu para a fronteira portuguesa e entrou em Portugal por Vilar Formoso. Terá feito de seguida o trajecto Vilar Formoso, Entroncamento, Leiria. Em quatro dias era possível vir da Flandres até casa de comboio, mas esta possibilidade estava muito restringida pela neutralidade de Espanha.(1)

 

 

Notas

  1. Almeida (1919), pp. 83-92

 

Links

 

Bibliografia

  • ALMEIDA, Humberto de (1919), "Memórias dum Expedicionário a França, com a 2ª Brigada d'Infantaria, 1917-1918", Porto, Tipografia Sequeira.

 

 

 

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Este site foi actualizado pelo última vez em 14-06-2012