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Roménia - Exército

Missão Francesa

Fonte: IWM - Q 76426

Fonte: IWM - Q 76079


Rei Fernando I da Roménia, General Vladimir Sakharov da Rússia, General Henri Berthelot da França e General Bellioc, em Barlad 1916.

Fonte: IWM - Q 77076


Rei Fernando I da Roménia e a sua mulher a Rainha Maria da Roménia em visita à frente de combate. Ao fundo é visivel o General Alexandru Averescu, Comandante do 2º Exército Romeno.

Corpos Voluntários

Ano 1916


Batalha da Transilvânia (1916/08/27 - 1916/10/25)

Batalha de Turtucai (1916/09/02 - 1916/09/06)

Batalha de Barzagic (1916/09/05 - 1916/09/07)

Batalha de Cobadin I (1916/09/17 - 1916/09/19)

Batalha do Vale Prahova (1916/10/09 - 1916/10/25)

Batalha de Cobadin II (1916/10/19 - 1916/10/125)

Batalha da Ponte Jiu (1916/10/27)

Batalha de Bucareste (1916/11/27 - 1916/12/06)

Batalha de Robaesti (1916/11/23)

Batalha de Prunaru (1916/11/28)

Batalha de Arges (1916/12/01 - 1916/12/03)


Ano 1917


Batalha de Marasti (1917/07/22 - 1917/08/01)

Batalha de Oituz (1917/08/07 - 1917/08/20)

Batalha de Marasesti (1917/09/06 - 1917/09/09)


Ano 1918


Batalha de Galai (1918/01/12 - 1918/01/22)

O Exército Romeno o mais forte de todos os das potências balcânicas, excepto a Turquia, reorganizou-se em 1910, quando se  instituiu o serviço obrigatório, que abrangeu todos os cidadãos desde os vinte e um aos quarenta anos.


A população do reino, que excedia 7 milhões de habitantes, dava um contingente anual de 50.000 homens: 46.000 achavam-se afectos, mediante sorteio, ao exército permanente, cujo efectivo era de 90.000 homens. As despesas militares ordinárias subiram a 75 milhões anuais (15%), sobre um orçamento total do reino de 500 milhões.


Os mancebos de 21 anos, que após o sorteio se achavam sujeitos ao serviço militar, serviam dois anos na infantaria ou três anos na cavalaria e artilharia. Imediatamente após estes prazos, passavam a fazer parte das tropas chamadas complementares, até à idade de 28 anos. Os mancebos de 19 a 21 anos recebiam instrução militar preparatória entre Abril e Novembro, à razão de dos domingos por mês, para praticar a instrução militar, sob a intervenção dos comandantes de guarnição de cada distrito (Gendarmeria Rural), auxiliados por um instrutor graduado pertencente às tropas de complemento.


Todos os anos ingressavam nas tropas de cavalaria 3.500 mancebos, que eram admitidos a seu pedido (voluntários) para se livrarem dos três anos de serviço por um certo número  de períodos de tempo, que é o que se chamava de contingente alternativo (schesinbul). No primeiro ano tinham dois períodos de serviço, de 45 e 65 dias e 20 dias de manobras. O serviço era reduzido a 40 dias no segundo período e a 30 dias no terceiro período. Em caso de necessidade, estes homens podiam vir a serem chamados para outro período de 20 dias durante o 4º ano, mas tinham de levar os seu próprios cavalos e pagas ao Estado uma indeminização de solípede.


Os alunos que cursavam os estudos só prestavam um ano de serviço no exército activo; os professores estavam isentos de serviço activo em tempo de paz, mas recebiam a instrução militar nas escolas normais.


O Exército Romeno era comandado pelo Rei. O Ministério da Guerra estava em Bucareste e compunha-se de uma Secretaria Geral, de um Estado-Maior General encarregado da Escola de Guerra(sua secções e um serviço de geografia), diversos serviços de pessoal, Intendência e 9 direcções: Infantaria, cavalaria, artilharia, engenharia, marinha, saúde, intendência e escolas militares. Existia uma comissão de inspectores gerai e outras comissões consultivas que funcionavam junto de cada arma, ou serviço para o estudo de questões técnicas de ordem militar.


O território estava dividido em 5 regiões de Corpo de Exército, a saber: A Praça de Bucareste, a Testa-de-Ponte de Cernavode sobre o Danúbio, e as regiões fortificadas, ou campos entrincheirados de Foscani, Namolose e Galatz. Tinham 32 circunscrições de recrutamento, das quais cada uma correspondia a um departamento e estavam agrupadas por território de Divisão. Cada circunscrição fornecia um regimento de reserva, cujo comandante de circunscrição era o chefe. Os círculos de distrito correspondiam aos batalhões ou os sub-círculos às companhias.


A Infantaria compunha-se de 40 regimentos: destes 32 a 3 batalhões de 4 companhias (100 homens), mais uma companhia de depósito. ( regimentos a dois batalhões a 4 companhias, uma companhia de depósito e um quarto batalhão de 5 oficiais para formação do 3º batalhão em caso de mobilização. Existiam 1o batalhões de caçadores a 4 companhias de 100 homens.


Cada Regimento e cada Batalhão, formados em corpos recebiam uma secção de metralhadoras a duas peças. Quando decretada a mobilização, os regimentos de infantaria constituíam um batalhão de depósito; os batalhões de caçadores eram desdobrados e formavam 9 regimentos de campanha a dois batalhões. As reversas de infantaria tinham 40 batalhões de reserva e 96 batalhões de milícia de 1.140 homens com 20 oficiais.


Os oficiais de infantaria do exército activo formavam-se ma escola militar preparatória de infantaria de Bucareste, onde eram admitidos os mancebos de 18 a 2 anos que tivessem frequentado pelo menos 7 anos nos liceus e os sargentos com um mínimo de 24 anos de idade, que tivessem menos de 6 meses de posto, no mínimo, e que tivessem frequentado 4 anos, pelo menos nos liceus.


Os filhos dos militares eram admitidos entre os 10 e 15 anos, no ginásio militar de Craiova, e depois no liceu militar de Jassi, onde eram instruídos para poder fazerem os exames de entrada nas escolas preparatórias das diversas armas. Os tenentes eram admitidos nas escolas especiais de aperfeiçoamento anexas às diversas escolas preparatórias (um ano de curso).


Dada a importância da agricultura na Roménia, eram os soldados mandados para suas casas nos meses de Julho e agosto, enquanto se faziam as colheitas e voltavam depois ao serviço em Setembro, que era o período das grandes manobras.


Existia a Escola de Tiro de Infantaria, em Slobozia, para oficiais e graduados e campos de instrução em Cotroceni, Breznitz, Mihaluer-Brabul, Hagieni e Shipote.


Os soldados de infantaria levavam consigo 160 cartuchos e os carros da companhia transportavam como reserva 50 cartuchos por soldado. A infantaria estava armada com a espingarda Mannlicher, modelo 1893, de 6,5mm de calibre.


A cavalaria activa permanente compreendia 10 regimentos de hussardos vermelhos, chamados Roshiori, a 4 esquadrões com 110 cavalos distribuídos por 5 Brigadas (Divisões independentes). Dez regimentos de hussardos negros, ou Celarashi, que formavam a cavaleia de serviço alternativo (Shimbul), de 4 esquadrões, que compunham uma brigada para cada um dos 5 corpos de exército.

Havia, ainda, um regimento chamado de escolta, com 3 esquadrões. Seis dos regimentos de Roshiori tinham uma secção de metralhadoras com duas peças montadas sobre rodas. Os Roshiori estavam armados: uns com lança, espada e um revolver, e outros como os Celerashi, com espada e carabina Mannicher, modelo 1893, 6,5mm.


Em pé-de-guerra o esquadrão activo compreendia 182 solípedes, 5 oficiais e 169 soldados. Os oficiais provinham da Escola Militar Preparatória de Targovishte e do cursos especial de cavalaria (10 meses).


A artilharia de campanha era composta por 20 regimentos a 6 batarias montadas de 4 peças Krupp de 75mm de tiro rápido, modelo 1903. A artilharia pesada era composta por 17 batarias a 6 peças de 120mm Krupp, distribuídas pelos regimentos do 5º Corpo de Exército. Cada Corpo de Exército possuía a uma bataria de morteiros de 105mm a 6 peças. A França forneceu em 1917 mais duas batarias de 105mm Schneider, elevando o total de batarias de morteiros 105mm para um total de 15.


A cavalaria era acompanhada por um grupo de 4 batarias a cavalo de 4 peças Krupp de 75mm. Em 1913 este grupo de artilharia foi convertido num regimento de artilharia a cavalo.


Em pé-de-guerra as batarias de artilharia de campanha tinham 5 oficiais, 185 homens e entre 180 a 220 cavalos.


A artilharia de fortaleza era composta por dois regimentos com 8 a 11 companhias, três batarias do segundo regimento eram batarias de sitio. Certas companhias eram organizadas em batalhões de sitio. Em 1913 foram organizadas 3 novas batarias especiais de artilharia de montanha.


As tropas técnicas compreendias 5 batalhões de engenharia a 4 companhias, uma delas de telegrafistas, e um batalhão de engenheiros de fortalezas a 4 companhias e uma de depósito. Os soldados levavam pás e picaretas, serrotes e ferramentas de destruição. Os soldados de infantaria levavam também ferramentas destinadas à execução de obras de fortificação de campanha, trincheiras, etc.



Os oficiais que se destinavam às armas de artilharia e engenharia, saíam da Escola Especial de Bucareste, onde permaneciam 2 anos depois de saírem da Escola Preparatória. Os oficiais de artilharia seguiam os cursos da escola de tiro de Mihaluer-Bradul.


O batalhão de pontoneiros, a 4 companhias, dispunha de 4 pontes de 197m, distribuídas por duas equipagens de divisão de 85m e um corpo de 27m.


Existia também um batalhão de caminhos-de-ferro com 5 companhias, uma delas de depósito, uma companhia de especialistas, uma secção de aerosteiros, um grupo de automobilistas, outro de pombos correio, 5 esquadrões de trem, 5 companhias de tropas de saúde, 6 companhias de tropas de administração, 11 companhias de guardas-fronteiriças (Graniuri), encarregadas de assegurar o serviço de alfandega e dos monopólios do Estado.


O corpo de automobilistas voluntários era comandado por um oficial superior do activo, auxiliado por um oficial de reserva, vogal do Clube Automóvel. Os voluntários deviam possuir um automóvel de 16 cavalos ou uma motocicleta. Ao decretar a mobilização eram reembolsados de metade do valor do carro, no final da campanha o Estado entregaria o resto do valor da viatura passando  a proprietário do mesmo.


Os cinco corpos do exército compreendiam, cada um, um estado-maior, duas divisões de infantaria com dois regimentos a três batalhões, um batalhão de caçadores, 3 esquadrões de cavalaria, 2 regimentos de artilharia com um parque de munições e um trem de ambulância divisional.


As duas divisões de cavalaria eram compostas, cada uma, por 2 brigadas a 2 regimentos (24 esquadrões) acompanhados por um grupo de 3 batarias de artilharia a cavalo.


É de notar o cuidado particular que havia no recrutamento e instrução dos sargentos. Existia um corpo especial de sargentos instrutores, denominado Plotonieri, que se recrutava entre os sargentos, com 6 meses, pelos menos de antiguidade no posto, e 18 a 20 meses de serviço. Várias escolas especiais tinham sido fundadas com esse fim em Slobozia (infantaria), Targovishte (cavalaria), Bucareste e Foscani (artilharia e engenharia) e pontoneiros em Braila.


Fonte: Revista Militar, 2ª Época, n.1 Janeiro de 1917, Ano LXIX, “Crónica Militar – Roménia”, pp.65-69.


Roménia em Armas - Organização 1914

Reorganização da Cavalaria do Exército Romeno 1914


Novo agrupamento dos regimentos de cavalaria. Até aqui os 11 regimentos de Rochiori (hussardos) e os 9 regimentos de calarechi (caçadores), que estavam agrupados em 10 brigadas de 2 regimentos.  Por um decreto de 7 de Outubro foi criado um 10º0 regimento de calarechi e distribuídos os 21 regimentos e o regimento da escolta em 6 brigadas de 3 regimentos e 2 brigadas de 2 regimentos.

Estas brigadas ficaram administrativamente ligadas a dois corpos de exercito e a 6 divisões.


Fonte: Fonte: Revista Militar, n.2, Fevereiro  de 1914, Ano LXVI, “Crónica Militar – Roménia”, p. 149.



Reorganização das escolas militares


As escolas de recrutamento dos oficiais compreendiam até 1913 uma escola preparatória para a infantaria e a cavalaria, uma escola preparatória para a artilharia, a engenharia e a marinha, e escolas especiais para cada arma.


Por decreto de 18 de Novembro de 1913 foi modificada esta da maneira seguinte:


A-Escolas militares de infantaria e administração:

1- Uma escola preparatória para os candidatos oficiais do activo de infantaria e administração;

2- Uma escola preparatória para os candidatos oficiais de reserva de infantaria e administração;

3- Uma escola especial (escola de aplicação) para os oficiais de infantaria.


B- Escolas militares de cavalaria:

1- Uma escola preparatória para os candidatos oficiais do activo de cavalaria;

2- Uma escola preparatória para os oficiais de reserva de cavalaria;

3- Uma  escola especial para oficiais de cavalaria.


C - Escolas militares de artilharia, engenharia e marinha :

1- Uma escola preparatória para os candidatos oficiais do activo de artilha- ria, engenharia e marinha ;

2- Uma escola preparatória para os candidatos oficiais de reserva de artilharia, engenharia e marinha;

3- Uma escola especial para os oficiais de artilharia e engenharia.

Para ser admitido nas escolas preparatórias, é preciso: ter a idade de 16 anos pelo menos e 22 anos no máximo (25 para os sargentos), ter terminado o 7.o ano de estudos de um liceu (para os sargentos e readmitidos); ter sido aprovado no exame de admissão; possuir as condições de aptidão física e ter bom comportamento; ser solteiro e comprometer-se a servir durante 9 anos como oficial.


Fonte: Fonte: Revista Militar, n.4, Abril  de 1914, Ano LXVI, “Crónica Militar – Roménia”, p. 306.




Corpo de automobilistas voluntários


Este corpo, organizado recentemente- consta de 5 categorias, a saber: 1.0 serviço postal; 2.o informações ; 3.0 transporte de tropas; 4.o condução e reparação de carros; 5.o transporte de material

As duas primeiras categorias correspondem às secções de motociclistas.



Aviação militar


Os resultados da liga aeronáutica, fundada para adquirir aeroplanos com destino ao exercito, não podem ser mais lisonjeiros.


O aeródromo estabelecido em Bancas dispõe já de dois biplanos, três mono- planos Blériot, um aparelho Bristol e um biplano de construção recomendada.


Nas ultimas manobras tomaram parte quase todos os aeroplanos, dos quais somente dois sofreram insignificantes avarias.


Fonte: Fonte: Revista Militar, n.7, Julho de 1914, Ano LXVI, “Crónica Militar – Roménia”, p. 552.


Novas Peças de Artilharia de Campanha 1914


Por ocasião da parada da primavera de 1914, em Bucareste, foram apresentadas pela primeira vez ao público as novas pecas de montanha e os obuses pesados de 150mm fabricados no Creusot e Saint Chamond, com que foi dotado o exercito romeno.


As pecas de montanha são iguais às empregadas pelos sérvios e gregos, nas últimas campanhas e que nas batalhas de Bregalnitza e Strumitza, habilmente ocultos pelo terreno, causaram grandes perdas à artilharia de campanha búlgara, e ainda em certas ocasiões a reduziram ao silencio.


Os obuses pesados de campanha de 150mm, parecem-se pela sua construção, com às peças sérvias, das quais duas baterias foram suficientes, para preparar em 3 dias o ataque aos fortes da parte oriental de Andripolis.


Fonte: Fonte: Revista Militar, n.10, Outubro de 1914, Ano LXVI, “Crónica Militar – Roménia”, p. 788-9.


Nova Divisão de Infantaria Dezembro de 1914


Foi criada a 11ª Divisão de infantaria a qual compreende: 4 regimentos de infantaria numerados de -11 a 44, com as unidades ele artilharia e cavalaria que se julguem necessárias.


Os novos regimentos de infantaria foram constituídos com elementos dos atuais regimentos e mais tarde serão recrutados no território a anexar (Transilvânia), que tem uma superfície de 8.730 quilómetros quadrados, e uma de 305.000 almas.


Fonte: Fonte: Revista Militar, n.1, Janeiro de 1915, Ano LXVI, “Crónica Militar – Roménia”, p. 55.



Ver Abril 1915



Obuses em serviço no Exército Romeno


Fonte: Revista da Artilharia, n. 41, Novembro de 1928, 25º ano, 2ª série,   P.153-3.