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Cruz Vermelha Japonesa

A Cruz Vermelha Japonesa ao serviço da diplomacia e da cooperação médica durante a Grande Guerra

A Fundação da Cruz Vermelha Japonesa

Como parte do esforço do Governo japonês em ocidentalizar a Nação, surge em 1877 a Sociedade da Cruz Vermelha Japonesa (SCVJ), logo após a última revoltada da classe samurai (Revolta Satsuma), contra o governo Meiji já ocidentalizado.


A estrutura operacional da Cruz Vermelha Japonesa teve por base os ensinamentos de Jonathen Letterman, experimentados no serviço de ambulância do Exército de Potomac durante a Guerra Civil Americana (1861-65), e divulgados por este médico com a publicação das suas memórias em 1866, “Medical Recollections of the Army of the Potomac “.


Originalmente a ideia de haver um serviço médico humanitário chegou ao Japão através do Conde Sano Tsunetami, que fundou uma sociedade filantrópica inspirada nos conhecimentos adquiridos na sua missão à Europa, quando da Exposição de Paris em 1867.


É efectivamente depois da actuação na Revolta Satsuma, em 1877, que a sociedade filantrópica viu o seu nome alterado para Sociedade da Cruz Vermelha Japonesa e foi integrada no Comité Internacional da Cruz Vermelha, a 2 de Setembro desse mesmo ano.  


Tal como aconteceu na Europa, os serviços da Cruz Vermelha Japonesa também foram apoiados pela Família Imperial japonesa, em especial pela Imperatriz Shoken. Este apoio levou a uma enorme adesão da aristocracia e figuras importantes da sociedade, tornado a Cruz Vermelha japonesa a maior organização mundial da Cruz Vermelha Internacional em 1905.


A opção tomada na escolha do símbolo da Cruz Vermelha, em muito demonstra a determinação com que o Governo japonês prosseguiu o processo de ocidentalização da sociedade japonesa.


Foi capaz de assumir o “símbolo ocidental” como um novo “símbolo” e incorporá-lo na tradição da Nação japonesa. Ultrapassou pragmaticamente a questão do carácter religioso, o que não foi conseguido pelo Império Otomano que viu no” símbolo humanitário” da Cruz Vermelha Internacional uma incompatibilidade com a religiosidade oficial do Estado.


Assim é relevante reconhecer que o Japão integrou o emblema da Cruz Vermelha Internacional como um “símbolo não religioso” e que recolheu a vantagem simbólica dessa escolha como uma vantagem diplomática e mais um acolhimento natural a caminho do grupo de países ocidentais.



Conde Sano Tsunetami

Símbolo da Sociedade da Cruz Vermelha Japonesa

Guerra Russo-Japonesa 1904-5 Damas Enfermeiras Japonesas da Cruz Vermelha

Quando da Guerra Sino-Japonesa 1894-95, já era comum ver a presença da Cruz Vermelha japonesa nos campos de batalha. A acção destes serviços humanitários era importante e magnânima, representando aos olhos do Mundo a postura de uma Nação moderna e ocidentalizada.


Esta postura foi profusamente difundida pelos observadores internacionais presentes durante o conflito Russo-Japonês 1904-5, pela forma indiferenciada com foi dado o tratamento aos prisioneiros russos e aos soldados japoneses. A SCRJ conseguiu ganhar a simpatia editorial de muita da impressa ocidental com esta a sua acção.


Foi também durante este teatro de guerra que as Damas Enfermeiras Japonesas da Cruz Vermelha, alcançam a sua elevada reputação e o prestígio internacional. Esta imagem de eficiência e qualidade foi também posteriormente cultivada com a recepção de enfermeiras e médicos americanos, franceses, alemães e britânicos no Japão. No final do conflito Russo-Japonês, 1904-5, o Governo japonês apercebeu-se do veículo diplomático de excelência que tinha na Sociedade da Cruz Vermelha Japonesa.


Painel em madeira  representando o serviço de ambulância da Cruz Vermelha japonesa. A imagem mostra o apoio indiferenciado  (russo com farda azul ) a soldados feridos durante a Guerra Russo-Japonesa 1904-05. (Gakyo 1904)

Missão Médica Humanitária Americana - 1904

A Dama Enfermeira Anita Newcomb McGee e mais nove enfermeiras voluntárias americanas, patrocinadas pelas Sociedade Hispano-Americana de Enfermeiras de Guerra e a Sociedade da Cruz Vermelha de Filadélfia, partiram de Washington a 24 de Março de 1904 e chegaram a Yokohama a 21 de Abril.


Foram recebidas como convidadas do Governo japonês, porque desde o início foi compreendida a importância da opinião que viesse a ser reportada por McGee ao Governo americano. No mês de Maio deslocaram-se a Tóquio onde tiveram a oportunidade de visitar vários hospitais e no final do mês o grupo foi colocado no Hospital de Reserva Militar, em Yokohama.     


Em Junho o Governo japonês proporcionou ao grupo uma visita ao hospital de prisioneiros de guerra russos em Matsuyama, com a intensão de demonstrar o nível de humanidade com que os serviços médicos japoneses prestavam os cuidados aos prisioneiros.  


Anita McGee na frente e ao centro, com as outras nove voluntárias à porta do Hotel em Yokohama


Em Outubro, pouco antes de terminar a missão americana, todas as dez enfermeiras foram condecoradas pelos serviços prestados, pelo próprio Imperador Meiji, num acto de verdadeiro reconhecimento da importância diplomática da missão.


Regressadas em Novembro aos Estados Unidos, Anita Newcomb McGee produziu um relatório sobre as condições hospitalares japonesas e sobre o tratamento dos prisioneiros russos com carácter muito abonatória para o Japão.


A sua experiência de trabalho com o Serviço da Cruz Vermelha Japonesa também foi muito motivadora para colaborar no desenvolvimento da Cruz Vermelha americana.  


Enfermeira Anita Newcomb McGee à direita


Dentro do espírito de colaboração internacional é de referir que o Governo japonês, em 1906, através da Cruz Vermelha recolheu fundos para auxílio às vítimas do Terramoto de São Francisco (1906), o que demonstrou que à época eram aproveitadas todas as possibilidades para fomentar boas relações diplomáticas com as nações ocidentais e que aquela organização humanitária era uma mais-valia no processo.     


É também importante perceber que a colónia japonesa no Estado da Califórnia, e em particular na cidade de São Francisco era muito expressiva. Desde que os Estados Unidos anexaram o Havai, em 1897, que a emigração japonesa para os Estados Unidos tinha aumentado, sendo que na época da Grande Guerra residiam na Califórnia mais de 100.000 japoneses.  


São Francisco - Incêndio após o sismo (18/06/1906)

O Japão na Grande Guerra 1914-18

Além do objectivo humanitário explícito e subjacente à acção da Cruz Vermelha Japonesa, existiu um objectivo com raiz de política externa , que se operacionalizou através de uma acção diplomática paralela à cooperação médica prestada aos aliados europeus.

A actividade diplomática exercida pelas Missões da Cruz Vermelha Japonesa, desdobraram-se em múltiplos eventos de carácter puramente representativos, como a participação em cerimónias oficiais e visitas acompanhadas por representantes diplomáticas japoneses locais, para além da actividade médica diária.

 

Essa faceta das Missões japonesas pode inclusivamente ser distinguida em dois elementos constitutivos da actividade diplomática formal: representação e informação.


O carácter representativo foi muito para além da simples representação social, tendo representado o Estado Japonês, como se demonstra através do discurso de partida dirigido à Missão a França, onde se relembrou que “… o efeito do serviço pode trazer honra ou desonra ao Império. O serviço será efectuado no contexto das relações internacionais.”

 

Também era evidente o carácter informativo pelo interesse que o Estado japonês tinha em conhecer melhor os países ocidentais, processo iniciado no século anterior com a Missão liderada pelo Embaixador Iwakura Tomomi, com mais 48 empresários e académicos, entre 1869 e 1873, onde foram visitados os Estados Unidos da América e posteriormente grande parte dos países europeus. No entanto nestas novas missões a recolha de informação foi essencialmente de carácter médico.

A questão de ser ou não uma Nação civilizada colocou-se desde o Tratado de Kanagawa, 1854, data em que o Japão foi forçado pelo Comodoro Matthew C. Perry a abrir os portos japoneses aos navios americanos para comércio e abastecimento e, ainda, forçado a aceitar a condição de tratamento jurídico para os cidadãos americanos em território japonês, onde estes apenas ficavam na alçada do cônsul americano. O Japão teve que aceitar este primeiro tratado desigual (desfavorável), mas sentiu-se humilhado ao ser considerado como uma Nação não civilizada

Mas o Japão não ficou parado e com o seu pragmatismo nacional decidiu reforçar o rumo da Nação em direcção à contemporaneidade europeia e assim avançou dentro de uma política de modernização da economia e de expansão imperial à imagem do comportamento dos impérios europeus.


Criticado pelos Estados Unidos da América quando das 21 exigências feitas à China, em Janeiro de 1915, estas não estava muito longe do espírito das exigências que o americanos tinham imposto ao Japão em 1854. O choque entre as nações ter-se-á dado porque a influência comercial japonesa estava a interferir com a política de expansão comercial americana “Open Door Policy”.


Era contra esta dualidade de critérios que a diplomacia japonesa lutava. A actividade diplomática foi muito relevante nesta época e os meios utilizados foram múltiplos, incluindo as Missões Médicas da Cruz Vermelha Japonesa à Europa.


Após o final da Grande Guerra e já em Versalhes, a Delegação Japonesa veio a afirmar perante todos os presentes aquilo que a Nação japonesa realmente pretendia no campo diplomático era “...a existência de direitos iguais para pessoas não brancas (população japonesa)”.  O Japão tinha sido vítima de sucessivos tratados desfavoráveis com os ocidentais desde a abertura ao exterior e esta cláusula pretendia evitar situações futuras.


Aceitar esta exigência seria um sinal explícito de que as outras nações vitoriosas consideravam finalmente o Japão como uma Nação de primeira linha.


Infelizmente as potências ocidentais negaram-lhe a aceitação de direitos iguais. Esta situação, bem como o tratamento dado ao Japão em tempo de guerra: com cepticismo, desprezo e escárnio ocasional, apenas reforçou as suspeitas dos governantes japoneses sobre as intenções dos ocidentais e demonstrou que o Japão tinha de continuar o seu caminho de emancipação sozinho como potência mundial.


Com a guerra o Japão viria a aprender várias lições: que a guerra podia desenvolver a economia e o Império, que a arrogância do Governo demonstrada durante a guerra tinha sido compensada e que a auto-estima do Exército e da Marinha se encontravam consequentemente elevadíssimas pela terceira vitória militar consecutiva em 25 anos. O fim do acordo de assistência britânico e a orientação da política externa americana, empurraram o Japão para fora do círculo dos Aliados, colocando o Japão inevitavelmente ao lado da Alemanha na 2ª Guerra Mundial.

Missão Médica Japonesa – Tsingtao 1914

Hakuai Maru (Navio Hospital)

Na conquista de Tsingtao, a Marinha e o Exército japonês tiveram a colaboração dos serviços da Cruz Vermelha japonesa.


Esta guarneceu dois navios hospitais, o Hakuai Maru (benevolência) e o Kosai Maru (caridade), cada um com uma equipa médicas enfermeiras e pessoal administrativo. As equipas eram formadas por 3 médicos, 2 farmacêuticos, 2 administrativos, 1 Enfermeira chefe e um grupo de [6] enfermeiras.


Para além do tratamento indistinto entre prisioneiros alemães e feridos japoneses, tiveram também a missão de dar assistência aos prisioneiros transportados para solo japonês.


Ambos os navios-hospital efectuaram 8 viagens entre a Baía de Quiaozhou, em frente a Tsingtao, tendo ao todo sido transportados 2.084 feridos, dos quais apenas 2 faleceram durante o transporte. Foi reconhecido pelo Governo japonês a qualidade dos serviços médicos prestados, assim como universalmente a humanidade com que trataram os prisioneiros. Esta informação chegou ao conhecimento dos britânicos por via diplomática.


As condições dos campos de prisioneiros no Japão durante a Grande Guerra não foram penosas, caracterizando-se pela qualidade geral das infra-estruturas e pelos padrões de higiene reconhecidos pela Cruz Vermelha Internacional.


Dos cerca de 7.000 prisioneiros alemães e austro-húngaros,  1.000 prisioneiros alemães foram colocados no Campo de Prisioneiros de Bando (Tokushima), cujas condições de cativeiro puderam ser  consideradas como idílicas.


A imprensa japonesa chegou mesmo a publicar críticas em relação ao excessivo cuidado com que o Governo japonês cuidava os prisioneiros alemães.


Orquestra alemã do campo de prisioneiros de Bando (Tokushima),  1916

Missão Médica Japonesa – Londres 1914-16

Damas enfermeiras japonesas em Londres, 1915


A missão japonesa a Londres foi a mais importante, não só no contexto da aliança anglo-japonesa como pelo itinerário escolhido.

 

Partiram a bordo do Shunyo Maru através do Pacífico em direcção a São Francisco (Estados Unidos), tendo sido feita uma paragem no Havai.


Em São Francisco foram recebidos pela Cruz Vermelha americana. Foram transportados de comboio para a costa atlântica até Nova Iorque, onde foram recebidos pela Governo americano sempre na companhia do corpo diplomático japonês. Partiram para a Europa a bordo do navio Magentic da White Star Line. Chegaram a Liverpool a 22 de Janeiro de 1915, tendo sido transportados de comboio até Londres.


Foram colocados no Hospital Militar de Netley, em Southampton Water, em Março de 1915. A acção da Missão foi muito importante, uma vez que a sua estadia na Grã-Bretanha coincidiu com a vinda de feridos dos Dardanelos (7 meses) em acréscimo dos feridos vindos da frente da Ocidental, Flandres.

 

Em Janeiro de 1916 terminou a comissão de serviço. Embarcaram para o Japão a 22 de Janeiro no Fushimi Maru e tomaram a rota de regresso via Mediterrâneo, Índico e Pacífico.

 

A nível diplomático a Missão cumpriu os seus objectivos, dado o reconhecimento final da qualidade e eficiência dos serviços médicos japoneses, tendo ainda servido para estreitar os laços de amizade entre as duas Nações e obter o reconhecimento da Família Real britânica.



Comunicação apresentada na International Conference - Health and the Great War

16 de Dezembro de 2015, IHC-FCSH/UNL, Lisboa

Damas enfermeiras japonesas e britânicas no Hospital de Netley


Trajecto da viagem da Missão


Missão Médica Japonesa – Paris 1914-16

Missão Médica Japonesa – Petrogrado 1914-16

A Missão Médica Japonesa a Paris foi tal como a duas outras patrocinada pela Família Imperial japonesa, sem custos para a França, e com um período estipulado de cinco meses renováveis, no limite três períodos.


Com início em Dezembro de 1914, partiu de Yokohama no navio Fushimi Maru a 16 de Dezembro e chegou a Marselha (França) a 5 de Fevereiro de 1915, através de uma rota que passou pelo Índico e chegou ao Mar Mediterrâneo atravessando o Canal do Suez.


A Missão seguiu posteriormente de comboio até Paris, onde chegou a 6 de Fevereiro. Começou a trabalhar a 15 desse mês. A Missão montou o Hospital Japonês no edifício do Hotel Astória.


Consigo vieram 140 toneladas de equipamento médico, em 370 caixotes que foram transportados de Marselha para Paris, numa coluna de 14 viaturas. É de referir que o Governo japonês aproveitou todas as oportunidades para dar visibilidade à Missão Médica e colher frutos diplomáticos.


Chefiada pelo Dr. Shiota (Médico-chefe), a equipa teve o apoio de um destacamento de enfermeiros franceses da Secção Médica Militar n.º 22. A Missão Médica terminou a 25 de Maio de 1916 no final de três períodos, totalizando 15 meses.


Em Agosto de 1916, pouco tempo antes de regressar, toda a equipa foi condecorada pelo Governo francês em reconhecimento dos serviços prestados. A Missão foi muito popular e para além de receber doentes para tratamento, também recebia muitas visitas diárias para conhecer os serviços, tendo alcançado num dia cerca de 800 visitas.  



Trajecto da viagem da Missão


No âmbito da política externa o Governo do Japão solicitou a prestação de serviços médicos à Sociedade da Cruz Vermelha Japonesa, com o objectivo de prestar assistência humanitária aos aliados.


Foi nesse sentido que a Cruz Vermelha encetou os necessários contactos junto das potências aliadas, tendo sido a Rússia a primeira que respondeu à oferta de auxílio humanitário.


A equipa foi formada por 1 Cirurgião-chefe (Dr. Ueno Shinshiro), 2 Cirurgiões,

1 Enfermeira-chefe, 15 Enfermeiras, 1 Farmacêutico e 1 Administrativo (tradutor).


A equipa tinha a capacidade de tratar simultaneamente 100 doentes. 


A Missão Médica partiu de Tóquio a 23 de Outubro 1914. Seguiu primeiro para Vladivostoque por navio e de seguida tomou o comboio transiberiano para Petrogrado, onde chegou a 16 de Novembro. Foi recebida pela Cruz Vermelha Russa, que instalou a equipa no seu hospital para reforçar a capacidade de tratamento de soldados russos feridos e doentes. 


Em reconhecimento pelo mérito do serviço prestado a Missão foi condecorada pelo Czar da Rússia. A Associação da Cruz Vermelha da Rússia decidiu manter o nome de Hospital Japonês à ala do edifício utilizado pela Missão Japonesa, pela admiração e reconhecimento alcançado.

 

A Missão Japonesa partiu da Capital russa a 1 de Abril de 1916, completando uma missão de um ano e meio, e chegaram a Tóquio a 13 de Maio. A Missão terminou oficialmente o seu trabalho com uma cerimónia oficial de dissolução presidida pelo Presidente da Sociedade da Cruz Vermelha Japonesa, Visconde Hanabusa. 



Transporte da equipa médica japonesa de combóio entre Petrogrado e Vladivostoque em 1916


Chegada das Damas  Enfermeiras e restante equipa a Tóquio, em 13 de Maio de 1916


Damas enfermeiras japonesas em Petrogrado, 1915


A Importância das Missões Médicas para a Diplomacia Japonesa no contexto da Grande Guerra

Fica evidente que dificilmente se poderá separar o propósito da política externa japonesa das acções humanitárias, no contexto da cooperação médica durante a Grande Guerra. A forma como foram desenhados os trajectos e o tempo de cada Missão, tiveram o objectivo de majorar o impacto das mesmas.


Em particular a Missão a Londres teve um objectivo diplomático muito cirúrgico, já que foi utilizada para fins propagandísticos junto da população de São Francisco e de Nova Iorque (Estados Unidos), como para firmar uma aproximação de Tóquio a Londres no âmbito do Tratado de Assistência Anglo-Japonesa de 1902.  


O Governo japonês, em 1914, considerava a acção humanitária como um valor integrante da política externa, tendo sido as missões médicas inclusivamente apoiadas pela Família Imperial.  


A questão particular das Damas Enfermeiras japoneses é do maior interesse para a história da mulher na sociedade japonesa. Para as mulheres que participaram nas Missões Médicas durante a Grande Guerra o seu papel foi ainda mais relevante, já que estavam a representar o Estado japonês. Não poderá deixar de ser relembrado o papel social muito importante das Damas Enfermeiras, que ao se integrarem em convívios sociais com as senhoras de sociedade em Londres, Paris ou Petrogrado, contribuíram para mitigar a questão de descriminação racial existente contra o povo japoneses na época.


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Bibliografia

Conclusão